Couchsurfing na Itália

Trullis de Alberobello / Puglia

Viajar de norte a sul da Itália sempre esteve nos meus planos desde meus primeiros dias morando em solo italiano com minha família, mas nunca imaginei que fosse fazer esse tour de um jeito atípico, e ao mesmo tempo economizando muitos euros
.

Couchsurfing foi o começo de toda essa aventura! O site (https://www.couchsurfing.org) é uma rede social com 15 milhões de pessoas inscritas, sendo 400.000 anfitriões ativos e verificados (em média 240 países ao redor do mundo), e que estão dispostas a ceder o sofá de suas casas para os viajantes que precisam economizar dinheiro e ao mesmo tempo querem fazer novos amigos.

Com o host Tiziano em Roma (ele guardou nossas malas e nos mostrou a cidade) 
Ilha de Capri

Com meus amiguinhos em Roma

O esquema é bem simples. Você preenche o cadastro, posta algumas fotos e escreve tudo o que puder sobre sua vida (interesses, filosofia de vida, músicas, filmes, livros, tipos de pessoas que gosta de conviver, coisas incríveis que já fez, e lugares que já viajou ou pretende ir) para que os hosts (pessoas que abrem suas casas para o Couchsurfing) possam analisar e concluir que você será um bom hóspede.

Davi de Michelangelo em Florença / Firenze

Com meus pais e a Jaque em Matera

Muita gente perguntou como descobrir qual host é confiável. Dentro do site existe um sistema de avaliações e recomendações dos viajantes que já “surfaram no sofá” da pessoa. Normalmente você lê as avaliações e vê quantas recomendações positivas o anfitrião recebeu, e quanto mais, obviamente ele é confiável. Se você for fazer esse tipo de viagem, lembre-se de deixar registrado suas experiências (positivas ou negativas). Você também pode entrar em contato com as últimas pessoas que ficaram na casa do perfil que você escolheu, e trocar ideias para se sentir mais seguro.

Sofá cama em Roma

Pizzas da região de Nápoles
Sofá cama em Florença / Firenze

Uma das intenções desse projeto é que o viajante vivencie a rotina de um morador e conheça os locais pelo olhar do nativo. Também existe o host que pode só receber o gringo viajante, guardar as malas, sair para tomar um café ou somente levar para conhecer os lugares, mesmo se não puder acomodar a pessoa em sua casa. Encontros semanais de couchsurfers são ótimas opções onde o pessoal faz grupos e fóruns, se apresenta e faz encontros nos bares / eventos das cidades.


Macarrão tradicional romano (carbonara) feito pelo host de Roma e os amigos
Contando um pouco do que foi minha aventura nesse programa: quem me indicou foi uma amiga viajante (Jaqueline) que estava passando uma temporada na Europa. Ela me convidou para fazermos juntas, porque segundo ela, correríamos menos riscos de algo sair fora do planejado.

Com o host de Alberobello na festa de Cosme e Damião (padroeiros dos médicos)

Torre di Pisa / Toscana

Trem com a Jaque

Fizemos praticamente as principais cidades da Itália, saindo de Pescara (no centro da “bota”), passando pela Puglia (Alberobello e Bari), Matera que ficam localizadas no sul do país, depois fomos para Nápoles, Ilha de Ischia e Capri (próximos da Costa Amalfitana), em seguida Roma, Pisa, Firenze (na Toscana) e finalizei em Bologna (minha amiga continuou subindo para o norte até Verona). Tudo em 10 dias! Fora os três primeiros (que eu estava acompanhada pela minha família), gastei €260 durante toda a viagem de Couchsurfing (alimentação e transporte).

Matera com meus pais e a Jaque

Matera

Alberobello
Junto ao Couchsurfing, fizemos uso de outra rede social chamada Bla Bla Car, um site onde as pessoas disponibilizam seus carros e registram suas futuras viagens pela Europa, afim de oferecer as vagas disponíveis para dividir as despesas.

Gatinho na ilha de Ischia

Castelo Aragonês de 2.500 anos na ilha de Ischia

Eu amo Pisa!!

Um dos aspectos positivos dessa viagem é que os hosts tornaram-se nossos amigos e fomos tratadas com muito respeito. Na maioria das casas que ficamos, os donos nos ofereceram suas próprias camas,  e dormiram no sofá. Essa foi a grande dúvida das pessoas que vieram me perguntar como era ser recebida por homens que eu não conhecia pessoalmente; a escolha foi feita através de pesquisas e o resultado foi ótimo!

Tivemos anfitrião italiano, canadense, americano, argentino, albanês, e com cada um aprendemos um pouco sobre os países de origem e costumes. Ganhei amigos para a vida toda e me tornei mais segura. Conheci lugares maravilhosos e posso dizer que foi uma das experiências mais incríveis e ricas da minha vida! Recomendo.


Com nossos dois hosts e o amigo napolitano numa festa da cidade de Ischia

Com a host de passeios em Capri, nossa amiga Claudia

Capri / Costa Amalfitana

Host de Roma e os amigos romanos (que fizeram a pasta carbonara)

Com os hosts canadenses em Roma que moravam numa república de meninos

Com o host Bujar da Albânia em Pisa

Ponte Vecchio com nosso host em Florença / Firenze

E o que o surfer ou os hosts ganham com o Couchsurfing? Novas amizades, trocas de experiências, intercâmbio cultural, e um mundo novo para ser descoberto. Isso também abrirá caminho para serem recebidos nas casas de seus novos amigos em outros países.

Vaquinha numa faculdade de Pisa
Gelato italiano 

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